Helder Bastos – “Ciberjornalistas em Portugal”
Posted by obciber em 11/12/2008
Helder Bastos estudou o ecossistema ciberjornalístico português, entre Janeiro e Março de 2008, interrogando 67 jornalistas dos 95 que desempenham “oficialmente” esta função em Portugal.
A maioria tem entre 35 e 45 anos e não existe grande precaridade no ciberjornalismo português, sendo que grande parte tem estabilidade profissional, com contrato, e a maioria recebe um salário entre 1000 e 1500€.
A maior parte tem uma experiência de 6-10 anos em ciberjornalismo e cerca de 3/4 tem curso de Comunicação ou Jornalismo, embora mais de metade não tenha formação específica em jornalismo online.
A tarefa dominante é a redacção de notícias, embora as restantes ocupações (pesquisa online, adaptação de conteúdos e textos de agência) também sejam frequentes. A interacção com a audiência é muito baixa, sendo que a maioria dos ciberjornalistas ocupam menos de uma hora ou nenhum tempo a contactar com o público. Também as saídas em reportagem acontecem raramente, embora isso não seja um problema exclusivamente português.
O professor da Universidade do Porto constatou que a edição de vídeo e de som são muito pouco utilizadas no ciberjornalismo português, sendo largamente ultrapassadas pelo tratamento de fotografia e processamento de texto. E mesmo na edição de vídeo, é mais comum a utilização de pacotes já preparados de agências do que a recolha de material no terreno.
Mais de metade dos jornalistas não fazem produção simultânea para online e para o meio tradicional e quase a totalidade dos ciberjornalistas acreditam que o jornalismo online é muito pouco valorizado.
Paradoxalmente, os ciberjornalistas acreditam que se tira muito partido do meio online, mas os académicos dizem o contrário.
Para os ciberjornalistas portugueses, o papel essencial do jornalismo online é credibilizar a informação e a sua maior dificuldade é o multitasking, sendo importante mencionar que outro dos problemas é acompanhar as inovações, algo essencial no ciberjornalismo, diz o docente da UP. Helder Bastos ficou intrigado quando verificou que apenas metade dos ciberjornalistas achem que o jornalismo online traz novos dilemas.
Muitos dos ciberjornalistas portugueses acreditam que há maior proximidade entre entretenimento e notícias no meio online e consideram que isto pode afectar a qualidade das notícias, tal como o imediatismo.
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